Afinal, se escreve “ansioso” ou “ancioso”? Certamente você já deve ter ficado em dúvida na hora de escrever essa e outras palavras da língua portuguesa.
Confundir determinados vocábulos do português é muito comum, afinal, nosso idioma possui diversas regras e palavras com muita semelhança entre si.
Contudo, por mais natural que seja cometer alguns erros, existem momentos em que eles não podem acontecer. Já imaginou escrever uma palavra de forma errada na redação do Enem? Ou redigir “agente” no lugar de “a gente” no seu currículo? Pode pegar bem mal, não é mesmo?
Pensando nisso, o EAD Uniarp explica se o certo é “ansioso” ou “ancioso” e esclarece outras seis dúvidas de português.
Fique conosco e se torne um craque no português.
Confira:
Ansioso ou ancioso: afinal, qual é o certo?
Viagem ou viajem: quando empregar cada palavra
De repente ou derrepente: como se escreve?
Agente ou a gente: afinal, qual é a diferença?
Afim ou a fim: quando usar cada um
Mal e mau: como saber qual usar?
De mais e demais: como empregar cada um
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Ansioso ou ancioso: afinal, qual é o certo?
Ficar em dúvida entre utilizar “ansioso” ou “ancioso” para se referir a uma pessoa inquieta é bem comum. Contudo, apenas uma das duas palavras está correta.
“Ansioso” escrito com “s” é a forma correta de escrever esse vocábulo, que é um adjetivo.
Já “ancioso”, escrito com “c”, não existe na língua portuguesa, logo, é um erro ortográfico.
Confira alguns exemplos de uso da palavra ansioso:
- Ana está ansiosa para viajar no final de semana.
- Os estudantes estavam ansiosos para a prova de matemática.
- O pai estava ansioso pela chegada do filho.
Viagem ou viajem: quando empregar cada palavra
Antes de explicarmos a diferença entre esses vocábulos, vale destacar que as duas grafias estão corretas. Ou seja, essas duas palavras existem na língua portuguesa, mas são utilizadas em contextos distintos.
“Viagem", escrito com “g”, é um substantivo feminino e se refere ao ato de viajar.
Por exemplo:
- A viagem que eles fizeram ontem saiu melhor do que o previsto.
- Mariana ficou meses planejando uma viagem com os amigos.
- Nunca esquecerei da viagem fizemos ao Rio de Janeiro.
Já “viajem”, escrito com “j”, se trata de uma conjugação verbal de "viajar".
Essa forma verbal aparece quando utilizamos a terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo ou quando aplicamos o verbo no imperativo.
Por exemplo:
- Viajem com cautela!
- Talvez eles viajem amanhã para o litoral.
- Viajem antes do anoitecer, por favor!
Ou seja, escrevemos “viagem” quando estamos nos referindo ao substantivo e “viajem” quando nos referimos ao verbo.
De repente ou derrepente: como se escreve?
O termo correto para expressar uma situação que aconteceu de súbito é "de repente".
Essa palavra é uma locução adverbial.
Já o vocábulo "derrepente", não existe na língua portuguesa e seu uso configura erro ortográfico.
Confira alguns exemplos de uso da palavra “de repente":
- Ele foi embora de repente e não se despediu.
- Aconteceu tudo tão de repente que não tivemos tempo de reagir.
- Aa foi embora do país de repente, como se fugisse de algo.

Agente ou a gente: afinal, qual é a diferença?
Antes de tudo, saiba que tanto “agente” quanto “a gente” estão escritos corretamente e existem na língua portuguesa.
Apesar disso, seus significados são diferentes, o que faz com que essas palavras sejam utilizadas em contextos distintos.
“A gente”, escrito separado, é uma locução pronominal equivalente ao pronome pessoal reto nós:
Exemplos:
- A gente foi comer no restaurante do centro ontem.
- A gente pode ir no aniversário do Felipe no sábado.
- A gente não sabe mais o que fazer para melhorar da gripe.
Agente, escrito junto, é um substantivo comum e se refere à pessoa que faz algo. Pode ser um agente secreto, um agente imobiliário, um agente da polícia, entre outros.
Exemplo:
- O agente secreto tinha uma missão no Brasil
- O agente imobiliário vendeu mais casas em abril do que em março
- O agente Hollywood conseguiu uma ótima oportunidade para ela no cinema.
Ou seja, as duas formas estão corretas, mas é preciso identificar o contexto e a ideia que se quer passar ao utilizar cada uma dessas palavras.
Afim ou a fim: quando usar cada um
Tanto “afim” ou “a fim” existem na língua portuguesa. Contudo, esse é mais um caso de palavras que possuem significados diferentes e devem ser utilizadas em contextos distintos.
“Afim” é um adjetivo e significa “semelhante”. Já “a fim de” é uma locução prepositiva e indica finalidade. Abaixo explicarei quando usar cada um desses vocábulos.
Afim
A palavra “afim” é um adjetivo, ou seja, caracteriza um substantivo. Semelhante, igual, análogo, parecido são alguns de seus sinônimos.
Exemplos:
- Tínhamos um interesse afim, mesmo brigando todos os dias.
Ou seja: Tínhamos um interesse semelhante, mesmo brigando todos os dias.
A fim
A expressão “a fim de” é uma locução prepositiva. Ela é utilizada para passar a ideia de finalidade, de um objetivo. Normalmente, pode ser substituída pela preposição “para”.
Exemplo:
- A fim de impedir que os alunos faltassem, o professor propôs uma atividade inovadora na aula.
Ou seja: Para impedir que os alunos faltassem, o professor propôs uma atividade inovadora na aula.
Mal e mau: como saber qual usar?
Quem nunca confundiu “mal” e “mau”?
Ambas as palavras existem na língua portuguesa e possuem sonoridades idênticas. Apesar disso, não são sinônimas e devem ser utilizadas contextos diferentes.
“Mau” é um adjetivo, indicando alguém ou alguma coisa que faz maldades.
Exemplos:
- Ele estava de mau humor hoje.
- José estava sendo mau com os primos mais novos.
- A tia dava mau exemplo aos sobrinhos.
Já “mal”, pode ser um advérbio, um substantivo ou uma conjunção.
Como advérbio, “mal” se refere ao modo como algo foi feito, sendo sinônimo de incorretamente, insuficientemente, dificilmente, entre outros.
Exemplos:
- Beber demais faz mal à saúde.
- Não fiz por mal, me desculpe!
- Ana estava passando mal.
Como substantivo, “mal” se refere a uma desgraça, calamidade, dano, doença, enfermidade.
Exemplos:
- Ele me causou um grande mal.
- O meu mal é esta doença que não me deixa em paz.
Já como conjunção, “mal” é uma conjunção subordinativa temporal. Tem sentido de “assim que” e “logo que”.
Exemplos:
- Mal ele chegou, ela saiu da sala.
- Mal você possa, venha falar comigo.
Ainda está confuso? Temos uma dica que pode ajudar.
Uma ótima maneira de entender a diferença entre “mal” e “mau” é pela oposição, ou seja, utilizando seus antônimos e vendo qual se encaixa na frase.
“Mau” é o contrário de “bom”, e “mal” é o contrário de “bem”. Se você estiver em dúvida entre “mal” e “mau”, utilize os antônimos para ver qual faz mais sentido.
“Você está sendo mal”, será que essa frase está correta? Vamos substituir pelo antônimo. Ficaria “Você está sendo bem”. Soa um pouco estranho, não é mesmo?
Então, o correto seria “você está sendo mau”. Afinal, “bom” poderia ser utilizado nesse contexto.
Confira mais exemplos:
- Que mau humor! (contrário: bom humor)
- Está mau tempo! (contrário: bom tempo)
- Ele está de mal com ela. (contrário: estamos de bem)
- Isso me faz mal. (contrário: faz bem)
De mais e demais: como empregar cada um
Já ficou em dúvida na hora de usar “de mais” e “demais”? As duas palavras existem na língua portuguesa, mas também são utilizadas em situações diferentes.
“De mais” é uma locução adjetiva e acompanha substantivos. Essa palavra corresponde a “a mais” e seu oposto é “de menos”.
Exemplo:
- Ele tem familiares de mais, amigos de menos.
Já “demais”, pode ser um advérbio ou pronome indefinido.
Quando é um advérbio, a palavra passa ideia de excesso.
Exemplo:
- O garoto perdeu o horário da prova e chorou demais.
- Júlia comprou roupas demais na loja do centro.
Já como pronome indefinido, o “demais” é antecedido de artigo.
Exemplos:
- Apenas seis pessoas fizeram a prova, os demais perderam a chance.
Conclusão
Neste artigo, esclarecemos a dúvida sobre usar “ansioso” ou “ancioso” e explicamos outros seis questionamentos relacionados à língua portuguesa.
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